Parece nome de filme de terror. Eu sei. Mas não é.
É o nome de um muro.
Um muro que separa um pais em dois. Que separa famílias em dois.
Hoje na aula de geografia, minha professora estava falando e citou o tal muro. E eu fiquei incrivelmente focada nesse nome. E quis descobrir mais sobre essa história.
O que me levou a meu professor de histórias. Para o alto e avante! Digo, Jerônimo. Ele me explicou toda a história da Coréia, bem resumida, no meio da aula e eu um pedaço do recreio. Certo, o Jerônimo me ajudou a entender, mas minhas anotações não ficaram organizadas, por isso vou deixar aqui a pesquisa de uma garota chamada Paula, Paula Silva, ue mora em Portugal. Não consegui pegar autorização dela para poder postar aqui o que ela escreveu, porque seu blog está inativo desde 2007 (Paralelo 38) e também não achei nenhuma fonte de contato. Mas assim que conseguir, eu vou pedir a permissão. Enquanto isso o texto de Paula Silva estará aqui, apenas para ajuda-los a entender essa história.
‘O Equador é a linha de latitude zero, e os paralelos são circunferências paralelas ao Equador. Cada paralelo dista 111 km do paralelo seguinte.
A península coreana está dividida pelo Paralelo 38.
O Norte é ocupado pela República Popular Democrática da Coreia e o Sul pela República da Coreia. Enquanto que o primeiro vive num sistema comunista, isolado do resto do mundo, o outro, capitalista, é um dos países mais desenvolvidos do mundo em termos tecnológicos.
O Paralelo 38 separa dois sistemas econômicos e políticos diferentes e duas realidades completamente distintas. De um lado as tecnologias mais modernas permitem aos seus habitantes estarem permanentemente em contato com qualquer parte do mundo, do outro um regime ditatorial impede o acesso dos norte-coreanos aos meios de comunicação mais modernos e controla toda a informação que chega até eles.
A Coreia do Norte é uma consequência da Guerra-fria.O país surgiu no fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, quando a ocupação japonesa da península coreana deu lugar a duas áreas de influência com regimes separados: uma de ocupação soviética, acima do Paralelo 38, e outra controlada pelos Estados Unidos, abaixo dessa mesma latitude.
O Partido dos Trabalhadores da Coreia (PTC), exilado na União Soviética durante a ocupação japonesa, emergiu como poder político na parte norte da Península Coreana. Com a ajuda das tropas soviéticas, o PTC instalou-se no poder sob o comando de Kim Il Sung, e a República Democrática do Povo da Coreia foi proclamada no dia 1 de Maio de 1948.
A paz manteve-se até 25 de Junho de 1950, quando a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul, ou seja, o Paralelo 38 e deu início a uma grande guerra, envolvendo China e União Soviética de um lado e os EUA do outro.
Três anos e quatro milhões de mortos depois, foi assinado um armistício, criando uma zona desmilitarizada entre os dois países, a também chamada terra de ninguém...’
Então. Essa é a história. Paula Silva, obrigada pela aula. Não encontrei informações assim tão boas em nenhum lugar.
Voltando ao muro...
Quem está na Coréia do Norte, só consegue sair do pais fugindo. E a fuga se dá apenas pelo paralelo 38, que em alguns lugares é um muro de pedra de 2,95 metros e em outros é só uma rede, uma tela de aço. Patrulhas da policia passam o dia - e a noite - nesse local e tem permissão para atirar em qualquer intruso. A LCD ( acho que era essa a empresa, desculpem-me se não for) que fica lá na Coréia do sul, já esteve criando ´Guardas-robôs´, que teriam uma metralhadora acoplada. Eles seriam colocados em cima do muro e atirariam a qualquer pessoa que se aproximasse. É. Eles chegaram a isso. Eu fico chocada só de imaginar que famílias foram divididas, laços de amizade rompidos, amores separados, por causa de uma luta entre governos, por causa de um mundo Bipolar, de guerra, de luta, por causa de ódio.
Isso só prova que o ser humano é o animal mais detestável. Não adianta termos medo dos animais, dizendo o quanto eles são pavorosos, peçonhentos, malignos, perigosos ou qualquer outra coisa desse gênero, olhe para o ser humano, olha para o Homem. Ele está acabando com tudo. Ele odeia. Ele mata seus iguais, por ódio, por terras, por capital.
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