domingo, 16 de maio de 2010

O aluno novo

Sei que é um pouco atrasado, hihi, mas vou postar a história que eu fiz pra Caprcho Fic, ela é diferente, mas eu espero que gostem:

   "Esse ano um garoto novo entrou na minha turma. Alto, magro, cabelos ruivos, sardas no rosto, sorriso gentil. A professora o apresentou como Cauê.
   A semana passou rápido, trabalhos, provas... E finalmente chegou o fim de semana, dormir até as dez, se arrumar só às duas e às três sair e ficar fora o resto do dia. Esse seria o meu programa se Cauê não aparecesse na minha porta, nove e meia, pra fazer um trabalho.
   Terminamos quase três da tarde, três e meia Fernanda me ligou, querendo saber onde eu estava, disse que estava com Cauê. No final de semana seguinte, fui acordada às nove e meia com um telefonema, do Cauê, dizendo que não poderia vir hoje.
   Admito que fiquei um pouco chateada, mas tudo bem, esse sábado ia ser como todos os outros. As três eu já estava no parque, em pouco tempo as garotas chegaram, três e meia a Carol ainda não tinha aparecido. Depois de ligar pra ela, fiquei sabendo que estava em sua casa, notei que enquanto falava, sua voz subia algumas oitavas.
   Quando cheguei em casa, ouvi a chamada do telejornal local “Garota é morta em sua própria casa”. Corri para a sala ver toda a matéria, ouvindo o jornalista falar, e quando olhei a imagem, congelei.
   Era a casa da Carol. Não, não! Ela não podia ter morrido. Não podia. Quer dizer, eu a vi ontem. É praticamente impossível.
   Mas infelizmente era verdade.
   Domingo foi o funeral, quase todos da cidade estavam lá. Aquela semana não teve aula. Estavam todos muito abalados. Na quarta-feira, Lisa chamou a turma para ir a sua casa, uma reunião, uma ajuda: seu pai era pastor.
   Devíamos estar lá as quatro, três e meia Fernanda me ligou, dizendo que não iria.
   O que, de certa forma, não estava certo. Ela era quem tinha dado mais apoio para essa reunião acontecer e não pude deixar de reparar que sua voz subiu algumas oitavas. Por isso, antes de ir para casa da Lisa, passei na Fê.
   O carro dos Kremer não estava na garagem, e a porta estava entreaberta, eu entrei. Vinha barulho da cozinha, por isso segui para lá. Espiei, e o que vi me fez dar um grito mudo – Cauê estava na cozinha, a faca na garganta da minha melhor amiga.
   Peguei meu celular e digitei o número da policia, mal pude falar minha localização e meu telefone foi arremessado para o outro lado da sala.
   Ele me pegou pelos cabelos e me jogou ao lado da Fernanda. Parecia alterado, eu estava apavorada.
   Cauê se aproximou devagar e, antes que eu reagisse, fincou a faca no meu braço. Eu gritei de dor, e assim que Fernanda viu o sangue, começou a chorar.
   Quando ele se aproximou da Fernanda, a policia chegou, vendo a faca na mão de Cauê, o algemaram e o levaram para o camburão. No meu braço, fizeram um curativo, aquela ferida iria cicatrizar, mas a marca do que ele havia feito aqui... nunca sumiria."

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